7.6.07

Sangue Vinho Seiva

Encarna o corpo.
Encorpa o copo.
O sangue singra.
A carne sangra
o altar de linho.
Gangrena o tempo
que refina o vinho
e o amor condena.

Das veias seiva
a árvore seiva
o sabor da chuva
velada ao vento,
e sorve o sangue,
que beija a terra,
pelos verdes lábios
da raíz unguento.

O corpo sangra
o sangue seiva
que a chuva lava
no tempo vento,
e mancha a terra,
o altar de linho,
a mão eterna
que derrama o vinho.

2 Comentários:

Às 8 de junho de 2007 às 12:22 , Blogger C disse...

viel gut.

 
Às 11 de junho de 2007 às 00:35 , Blogger filipelamas disse...

Potente. Em carne viva!

 

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