27.9.07

Do Livre Arbítrio

É propício e oportuno acreditar
que esse céu, cuja luz nos ilumina,
irritado, com um raio nos fulmina:
Oh, tão desditosa condição de errar.

E aquele que se atira, sem hesitar,
para o abismo da tentação que o fascina,
ao cair grita ter sido mão divina
que desceu dos céus para o empurrar.

Se fosse um bonifrate a nossa mente,
que a ordem superior se ergue ou curva,
de que valia a Razão refulgente?

O destino não o escreve a exacta luva
de um deus escravo ou prepotente.
O destino somos nós... a andar à chuva.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial