4.8.07

Da morte de amor

Está decidido, vou morrer de amor.
Que importa o calor, a sede ou a fome?
Quem sofre como eu não bebe nem come.
Falta um Domingo de chuva para a hora derradeira
e um poema do livro na mesinha de cabeceira.
Falta pouco mais que um pranto bem lavado
e uma ou duas noites de sonho acordado.
Desta vez vou morrer mesmo.
Vai ser uma coisa com pés e cabeça,
e não daquelas crises meio a esmo
em que tive de morrer à pressa.
Desta é que é, ou eu não me chame José.

Bem que me avisaram, mas não adiantou nada.
O que é que eu ia fazer? Assassinar uma fada?
Obrigar uma deusa a descer do pedestal?
Destronar a rainha do meu Carnaval?
Um homem é de osso e carne, não de ferro.
Se ninguém me ajudar, eu próprio me enterro.
Eu até era um racional que nunca perdia os sentidos,
mas quando lhe olhava nos olhos, os meus ficavam perdidos,
quando lhe cheirava a pele branca e macia, sentia-me um vulcão,
(era o sangue que me explodia)
quando a sua voz doce suplicava o meu perdão,
a minha razão aquiescia e eu não sabia dizer "não".

"Caiu a nódoa no melhor pano",
já diz o povinho.
Agora sofro um terror desumano,
sou um homem triste e sozinho,
mortinho por morrer de amor,
não me faltasse um Domingo de chuva
neste Verão abrasador.

4 Comentários:

Às 4 de agosto de 2007 às 22:46 , Anonymous Anónimo disse...

li os teus ultimos 2 post, quer-me parecer ke nao andas bem, calma amigo. Tu se resolve na vida ate o amor.

Quanto ao meu blog é apenas de fotografia, o meu hobbie,... de amores nao penso para ja.

1 abraço

 
Às 5 de agosto de 2007 às 23:27 , Blogger Amândio Sereno disse...

Não me parece que o sentido dos posts tenha sido bem captado, caro Jota.De qualquer modo, é sempre bom ter visitas novas.

Parabéns pelas fotografias, já fui dar uma olhadela.

 
Às 13 de agosto de 2007 às 23:42 , Blogger Amândio Sereno disse...

Que fique registado: eu ainda não fui ver estas camisetas personalizadas, mas se alguém já foi que revele a maravilha.

 
Às 15 de agosto de 2007 às 23:45 , Blogger filipelamas disse...

Nunca acreditei que se possa morrer de amor... mas o poema deixa-me dúvidas! Parabéns!

 

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