24.7.08

Poema de Verão














Ninguém morre de amor no Verão.
Ninguém se envenena por um flirt.
Nem é próprio de um respeitável defunto
vestir calções e t-shirt.

Em Julho
o sol dissolve o orgulho.
Em Agosto
rei morto rei posto
e em Setembro já falta pouco
para Outubro e Novembro.

E depois há o mar,
o inevitável mar,
esse mar verde de esperança
que balança os olhos e os barcos
no horizonte.

É certo que os teus braços são uma ponte
para o infinito...
A tua pele é de sal, caravelas, maresia...
É claro que nos teus lábios há naufrágios, conquistas, poesia...
Tudo isto é bonito e fica bem,
em papel queimado, recitado
ou até em mensagem SMS.

Mas nem tudo é o que parece.

Não me peças tragédias nem dramas,
grandes clássicos da literatura
universal.
É Verão e o nosso corpo tem escamas.
Vamos só passear no areal.

2 Comentários:

Às 28 de julho de 2008 às 21:11 , Blogger Ary disse...

=) Gostei. Obrigado por partilhares.

 
Às 1 de agosto de 2008 às 15:50 , Blogger Sousa Ribeiro disse...

Desgosto da subjacente apologia...Esprimida redunda na quietude e na ausência de busca do conhecimento, independentemente da índole concretamente aqui versada; concedendo, é claro, serem belas as palavras, sua conjugação e imagem mental resultantes :)

 

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