4.11.07

O Violino

Subo a pulso a corda do infinito
de um violino de negro marfim,
mas logo caio frustrado num grito
que é rouco de nada e de mim.

Os meus dias de pedra morna e cinzenta
são beirais no centro de um sismo.
Ah, quem me dera morrer em magenta,
dar um passo azul no abismo,

e no silêncio sem fim do infinito,
na solidão ao sul do destino,
nem sequer ter pulmão para o grito,
e só ter asas, como o violino.

1 Comentários:

Às 12 de novembro de 2007 às 22:22 , Anonymous Anónimo disse...

Muito bem!

 

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